Resumo
Introdução: A distrofia corneana endotelial de Fuchs (FECD) é uma doença geneticamente heterogênea, acompanhada de dano irreparável ao endotélio corneano. A FECD é caracterizada por um espessamento da membrana de Descemet, com perda acelerada de células endoteliais inicialmente no centro da córnea e, posteriormente, em sua periferia. O defeito em mosaico do endotélio da córnea faz com que as células respondam com proliferação e migração, resultando em anormalidades no tamanho uniforme (polimegatismo) e variações na forma hexagonal (pleomorfismo). A mais recente Classificação Internacional de Distrofias da Córnea categoriza a FECD em dois tipos: 1 - FECD de início precoce (a mais rara); e 2 - FECD de início tardio (a mais comum).
Objetivo: Realizar uma revisão da literatura buscando sintetizar as evidências clínicas relacionadas aos tratamentos da FECD.
Método: Para a seleção dos trabalhos foi utilizada a plataforma PubMed, empregando a seguinte estratégia de busca: fuchs[title] AND dystrophy[title]. Apenas ensaios clínicos publicados nos últimos cinco anos foram considerados nesta revisão.
Resultados: Foram selecionados 11 artigos que discutiram adequadamente os tratamentos e estratégias de manejo da doença. Síntese de Evidências: O principal método de tratamento da FECD é a ceratoplastia endotelial da membrana de Descemet (DMEK), considerada o padrão-ouro para o manejo da doença. Ainda, foram apresentadas diversas ferramentas e estratégias capazes de melhorar os parâmetros relacionados ao procedimento, ou mesmo permitir a avaliação da evolução da doença.

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